A falta de água, responsabilidade de todos
O tema água é o mote do Instituto Navega São Paulo, e isso nos potencializa como catalizadores de informações e experiências sobre a má utilização dos recursos hídricos. Entendemos que estas experiências são relevantes e devem ser debatidas e somadas na busca de soluções efetivas e sustentáveis.
Neste texto propomos compartilhar com você uma breve perspectiva sobre os problemas de abastecimento de água enfrentados por nós paulistanos, que certamente não resultam apenas das condições climáticas anormais, mas também da gestão pública e da sociedade como um todo.
Quando discutimos a questão do abastecimento de água com autoridades e especialistas, a conclusão unânime é que a seca é um problema nacional e está exacerbada pela falta de gerenciamento e soluções.
Assim sendo, quais são os passos que devemos dar?
Os Governos e a SABESP estão falando em fazer grandes obras, como construir mais reservatórios ou realizar a interligação dos recursos hídricos com outros Estados, mas sabemos que não dá para construir isso de uma hora para outra.
Eliminando o desperdício
Segundo a opinião de especialistas, em relação a São Paulo, o primeiro passo é consertar os vazamentos no sistema paulista – uma solução de curto prazo, que ajudaria a aumentar significativamente volume de água disponível para o uso.
Quanto a transposição, existem experiências como na Califórnia que realmente não tem água, a chuva é naturalmente escassa e os rios estão secos. Lá os técnicos concluíram que a essencial transposição da água, trouxe prejuízos ambientais e econômicos bastante significativos a longo prazo.
Em relação ao nosso caso em São Paulo, os mesmos técnicos nos encorajam a buscarmos soluções locais, pois em nosso estado há muitas soluções a serem exploradas e destacam a viabilidade de investir em um sistema que limpasse a água do rio Tietê e permitisse reutilizá-la.
Há solução!
Como o precioso e descuidado Rio Tietê que cruza a cidade de São Paulo, mesmo no meio de uma seca, não se faz nada para descontaminar e usar essa água. Como também a possibilidade de aproveitamento da água da chuva, contida nos piscinões, que é muito mais limpa que o esgoto. Mas no fim, os dois são desprezados e despejados no mesmo Tietê poluído.