Eis que acordamos na segunda quinzena de março de 2020, sob uma nova realidade mundial, as consequências impostas pela pandemia, causada por um vírus de alta letalidade e espantosa capacidade de propagação o Covid-19. O mundo parou e conduziu todos para uma profunda reflexão sobre o rumo da humanidade, reclusos em nossas moradias, mudamos radicalmente nossos hábitos e fomos obrigados a reinventar nossa forma de viver, socializar e trabalhar.
Agora vivemos as mudanças de hábitos e as consequências das reflexões que nos conduzem para um novo normal apontando organicamente para a necessidade de redefinirmos o mundo que queremos depois desta crise planetária.
Passamos por meses vendo as lideranças mundiais se redimirem a falta de investimentos no que tem, de fato, o primordial valor tal como, programas e projetos estruturantes sustentáveis com foco na preservação do planeta e consequentemente da vida humana dentre os quais planejamento social, saúde pública e pesquisas.
Propomos um destaque sobre a “sustentabilidade” que tem como definição “buscar o equilíbrio entre o suprimento das necessidades humanas e a preservação dos recursos naturais, sem comprometer as próximas gerações”. O que vemos de uma forma geral é uma discrepância fundamental neste conceito e as práticas que incentivam políticas de perenidade econômica, de preservação do meio ambiente e da vida humana. Precisamos encarar de frente e agir em relação a sustentabilidade, pois este é efetivamente o nosso grande desafio global.
Mais um alerta paralelo a crise que estamos vivendo, e em seu tempo, os impactos atuais e futuros do fenômeno das mudanças climáticas. David Wallace-Wells, no best-seller A Terra Inabitável, discorre sobre as “pragas do aquecimento”, estimando que o planeta deve abrigar mais de 1 milhão de vírus que o homem ainda desconhece.
E nas empresas, a sustentabilidade costuma se inserir no campo do marketing ou como extensão de uma área de meio ambiente. Não é comum ser uma área autônoma, forte, com participação diária na tomada de decisão. E mais alarmante: suas políticas são vistas como recomendações de boas práticas, não como imperativos. No entanto, a pandemia mostrou-nos que a sustentabilidade é sim uma questão “de vida ou de morte”. Por isso, é preciso fazer evoluir o verdadeiro conceito de sustentabilidade para o de uma nova ética da vida na Terra.
modelo Futuro
A ética, contrariamente à sustentabilidade, tornou-se um tema estratégico, que mobiliza os Conselhos de Administração e as lideranças das empresas e governos, com a criação de diretorias, programas de compliance e códigos de conduta. Da ética emanam imperativos que as companhias devem cumprir rigorosamente.
E este é o momento para escolhermos um novo modelo de vida na Terra para a era pós-Covid, com os princípios e valores que nortearão nossa vivência futura.
Carta da Terra – Princípios
“Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.”
INSP
Uma grande expedição que a partir de um barco, navegando em um rio esquecido, busca uma nova cidade, mais humana, com menos desigualdade social e com mais qualidade de vida, onde a sustentabilidade é uma coluna fundamental da nova estrutura social que juntos acreditamos poder conquistar